VOCÊ SABE SE CUIDAR?
O cérebro é mais comumente associado ao funcionamento de nossa mente, embora na verdade controle tudo o que o corpo faz. Michael Roizen e Mehmet Oz, autores do livro “Você: Manual do Proprietário”, o compararam a um computador, tanto por sua capacidade de processar informações quanto pelo aumento do número de “paus” que essas máquinas apresentam à medida que vão ficando mais velhas. Realmente o envelhecimento pode estar associado ao decréscimo das capacidades mentais. O objetivo das dicas dos autores, nesse caso, é ajudar o leitor a manter suas atuais capacidades de memória e de raciocínio ou pelo menos retardar ao máximo a perda de tais capacidades.
A primeira dica é zelar pela circulação de sangue no cérebro. A conseqüência dos derrames tradicionais (na verdade há vários tipos), em que um vaso sanguíneo sofre obstrução ou se rompe, é a morte das células cerebrais. Os fatores de risco nesse caso são os mesmos para as demais doenças arteriais: pressão alta, diabetes, ingestão de gorduras não saudáveis, sedentarismo, tabagismo e obesidade.
A melhor prevenção? Recorrer aos elementos que beneficiam as artérias, como os exercícios e a alimentação adequada. “Uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares mantém a saúde do sistema cardio-circulatório e, por conseqüência, uma boa irrigação do sistema nervoso”, diz Roberto Morgulis, neurologista do Hospital Albert Einstein. A lista de alimentos indicados contém nozes, peixe, soja, vinho, suco de uva e azeite de oliva ( e, de quebra, 30g de chocolate por dia para elevar a liberação de dopamina que tem como função estimular a atividade do sistema nervoso central.)
O estresse também é um fator extremamente negativo para a saúde cerebral. Os autores porém fazem uma distinção: para eles, os verdadeiros vilões são os problemas que não resolvemos e se arrastam por muito tempo – por exemplo, uma cadeira quebrada, que nunca consertamos, e que cotidianamente desperta sentimentos de irritação. Situações assim seriam os piores inimigos da sua saúde cerebral. “outras situações estressantes, como lidar com dificuldades financeiras ou a morte de alguém querido, desgastam você. Mas os estressores permanentes são os verdadeiros assassinos”, escrevem. Para remediar o estresse, a dica é praticar exercícios físicos, meditação, convívio familiar (que não seja estressante, é claro) e dar risadas. É de suma importância, inclusive, para o aluno que está nas vésperas do vestibular.
A neuro cientista e pesquisadora da UFRJ Suzana Herculano, porém, discorda da avaliação de Roizen e Oz. “O que realmente causa desgaste são eventos mais graves: morte, violência, falata de dinheiro, solidão. Não as pequenas coisas do cotidiano”, diz.. Suzana concorda apenas com a indicação de exercícios físicos. “Eles realmente ajudam o corpo a equilibrar o estresse.”
Os autores recomendam, além disso, a escolha de tarefas que representem algum desfio. Quem é fã de palavras cruzadas, por exemplo, deve dar preferência às variedades mais difíceis. Morgulis acrescenta também a leitura e a montagem de quebra-cabeças. “É importante manter intensa atividade intelectual. Mas não há estudos comprovando a relação direta entre um tipo de atividade específica e seus benefícios a longo prazo.” Já Suzana diz que o cérebro se beneficia de qualquer atividade física que faça você suar.
1 comentários:
Para uma visão complementar do cérebro, pesquise "A Teoria do Big Brain" no Google Livros (www.books.google.com).
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